A sustentabilidade deixou de ser uma tendência para se afirmar como uma exigência estratégica no mundo empresarial. Hoje, a incorporação de critérios de ESG – Environmental, Social and Governance – representa não apenas um compromisso com a responsabilidade ambiental e social, mas também uma vantagem competitiva clara para as organizações.
De acordo com o Barómetro Internacional ESG 2025, em Portugal apenas 58% das empresas têm uma estratégia formal de ESG, valor bastante inferior ao registado em países como Espanha e Itália, onde mais de 80% das empresas já integram estes princípios nas suas operações.
Nos Parques Empresariais, esta abordagem ganha especial relevância. Estes espaços concentram empresas de diferentes dimensões e setores, desempenhando um papel determinante no desenvolvimento económico local e regional. A integração de estratégias ESG pode gerar benefícios expressivos, desde a redução do impacto ambiental até à criação de ecossistemas empresariais mais atrativos para investidores, colaboradores e comunidades.
Entre os principais impactos positivos destacam-se:
- Eficiência energética e gestão ambiental: a aposta em energias renováveis, infraestruturas sustentáveis e medidas de economia circular que se traduzem em redução de custos e numa menor pegada carbónica.
- Valorização social: projetos voltados para a comunidade, mobilidade sustentável e inclusão laboral reforçam a ligação entre os parques e os territórios onde estão inseridos. Em Itália, por exemplo, as empresas reportam ganhos de 48% na satisfação dos clientes e de 44% na reputação da marca, associados à implementação de práticas ESG.
- Transparência e confiança: as práticas de boa governação e os relatórios de sustentabilidade, aumentam a credibilidade junto de investidores e parceiros estratégicos.
Além destes benefícios, os Parques Empresariais que adotam uma visão orientada pelo ESG estarão mais bem preparados para responder a exigências regulatórias, como a nova Diretiva Europeia dos Relatórios de Sustentabilidade Corporativa (CSRD), que, a partir de 2026, passa a abranger também algumas PME — nomeadamente as cotadas em bolsa e as que integram a cadeia de valor de grandes empresas. Para estas, o EFRAG – European Financial Reporting Advisory Group desenvolveu normas simplificadas de aplicação voluntária.
Segundo o publicado no Barómetro Internacional ESG 2025, “embora a implementação inicial seja um desafio, os benefícios a longo prazo são claros: as empresas que adotam uma abordagem proativa em relação ao ESG estão mais bem posicionadas para melhorar a eficiência operacional, mitigar riscos e atrair investimento.”
I Congresso da APPE – Uma oportunidade de partilha e aprendizagem
É neste contexto que a APPE – Associação Portuguesa de Parques Empresariais promove o seu I Congresso, nos dias 14 e 15 de novembro, no Funchal, Madeira, subordinado ao tema “ESG nos Parques Empresariais”.
O evento reunirá representantes de entidades públicas e privadas, gestores de parques empresariais e especialistas na área do ESG, para debater os desafios e oportunidades da implementação de práticas ESG, contando com a participação de entidades de grande relevância, tais como:
- Governo da Região Autónoma da Madeira
- Caixa Geral de Depósitos
- Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo
- BCSD Portugal, e
- AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, através do programa AICEP Academia
O I Congresso da APPE promete ser um espaço privilegiado para reflexão, partilha de boas práticas e definição de estratégias que poderão contribuir para um futuro mais sustentável e competitivo dos Parques Empresariais em Portugal.
👉 Consulte o programa completo e faça a sua inscrição AQUI.